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Itamaraty: O que está por trás dos corredores vazios?

Servidor | 11 de novembro de 2022

Autor: Luana Lima

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A Administração Federal contabiliza hoje mais de 240 mil cargos públicos desocupados, de um total de 730 mil vagas aprovadas por lei. Apesar do quadro de profissionais de diplomatas no Itamaraty possuir renovação anual garantida, outras carreiras estão sem concurso há quase 15 anos e, consequentemente, possuem alto índice de esvaziamento.


Na última década, houve a criação de postos do Itamaraty em diversos países - uma expansão que não foi acompanhada proporcionalmente pela entrada de novos trabalhadores. Para a Assessora Sindical do Itamaraty, Eliane Cesario, o ideal seria aplicar concursos anuais para os cargos de Oficial de Chancelaria (OC) e Assistente de Chancelaria (AC), assim como ocorre para a carreira diplomática.


Dos 961 cargos vagos no MRE, 214 são de OC e 747 de AC. Os últimos concursos para essas funções aconteceram em 2008 e 2015, respectivamente, o que expõe um cenário alarmante de desequilíbrio entre a demanda trabalhista atual e a quantidade de servidores ativos.
 

Regulamentação de vagas


Apesar da possibilidade de um concurso à vista e especulações sobre abertura de mais vagas com o novo governo eleito, muito precisa ser feito para suprir a carência atual do Itamaraty. Isso porque, não basta repor o déficit via certame, é preciso regulamentar as vagas ociosas da carreira de Oficial de Chancelaria, criadas há 10 anos, pela Lei 12.601/2012.


A conta só vai fechar quando houver orçamento disponível e apoio das autoridades para publicação do decreto que regulamente a situação. O Sinditamaraty reivindica essa pauta no intuito de prevenir uma piora severa do cenário trabalhista do órgão. Afinal, o papel do Sindicato é cuidar do servidor.
 

Essa matéria faz parte da campanha “Servidores – sem eles, a estrutura fica comprometida”.