Foi realizada nesta quinta-feira (20), palestra sobre a pesquisa “Atos de Violência nas relações de Trabalho no Ministério das Relações Exteriores (MRE)”. O evento, conduzido pela professora Ana Magnólia Mendes, ocorreu de forma virtual, via Teams.
A pesquisa, promovida pelo Sinditamaraty, teve por intuito instrumentar as dirigentes do sindicato, e fornecer insumos à entidade para o enfrentamento das diversas formas de assédio sofridas pelos servidores e servidoras do MRE no Brasil e no exterior.
Além de mapear os dados de violência para identificar os grupos que se encontram em maior risco no Itamaraty, de modo a nortear a elaboração de medidas e ações que possam ser implementadas a curto prazo para proteção desses grupos.
Acerca dos grupos de maior risco, os dados revelam que as mulheres e os negros são os servidores que mais sofrem violência.
“A questão da raça aparece fortemente na pesquisa. Por mais que não tenham tantos negros no Ministério, os que têm, sofrem discriminação. É a tirania do igual. Tudo que é diferente, tende a ser discriminado e destituído do espaço democrático”, observou Ana Magnólia.
Gestões marcadas por humilhação = saúde comprometida
A professora também trouxe explicações acerca dos atos de violência mais comuns no Itamaraty. De acordo com os resultados, a humilhação é a prática mais recorrente no MRE. “São gestões egocentradas, individualistas e marcadas por humilhação”, frisou Ana.
Para análise dos dados coletados, foi elaborada uma escala de 1.0 a 5.0, visando medir os sinais de adoecimento dos servidores. De acordo com a pesquisa, na escala de 5.0, os respondentes apresentam 3.4 no índice de ansiedade. “Além disso, apresentam sinais de menos energia e vitalidade.”, destacou a pesquisadora.
Magnólia também ressaltou a importância da criação dos canais de acolhimento em casos de assédio, e mencionou o Disk Assédio, canal idealizado pelo Sindy, como uma iniciativa fundamental.
▶️ Assista a palestra em https://tinyurl.com/mrbypkcy
