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SINDITAMARATY coloca proposta salarial do Ministério do Planejamento em votação

SINDITAMARATY coloca proposta salarial do Ministério do Planejamento em votação

Após apresentação em assembleia realizada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (SINDITAMARATY), proposta salarial feita pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão está disponível para votação no site do sindicato até domingo (24), às 18h, horário de Brasília.

Durante assembleia a presidente do SINDITAMARATY, Suellen Paz, informou que o Planejamento repetiu pela terceira vez a proposta de reajuste linear, sem responder aos pleitos da categoria de reenquadramento salarial: equiparação da remuneração dos servidores do Serviço Exterior Brasileiro ao nível das demais carreiras típicas de Estado. O percentual de reajuste oferecido pelo Planejamento é de 27,9% em três anos, com a primeira parcela para janeiro de 2017. Trata-se do mesmo percentual rejeitado em dezembro de 2015. Leia aqui 

Segundo a presidente do SINDITAMARATY, o Planejamento não apresentou garantias de implementação do reenquadramento, apenas a promessa de que se aceito o reajuste linear, o tema seria discutido. "Na verdade, o que há é uma imposição. Não existe negociação se o governo repete a mesma proposta sem discutir o que pleiteia a categoria. O nosso acordo salarial de 2012 trazia uma cláusula dizendo que o reenquadramento seria debatido durante a vigência dele. Quatro anos depois não houve avanços" disse Suellen Paz.

Apenas os servidores filiados ao SINDITAMARATY podem participar da votação. Para registrar o voto é preciso acessar a área restrita ao filiado no site do sindicato. http://www.sinditamaraty.org.br/

Proposta de reenquadramento SINDITAMARATY

Em reunião no Ministério do Planejamento na segunda-feira (18), O SINDITAMARATY apresentou proposta de reenquadramento, elaborada após uma extensa rodada de negociação com a Comissão de Administração do Ministério das Relações Exteriores.

O estudo empreendido pelo sindicato para propor parâmetros remuneratórios revelou uma defasagem na comparação entre a remuneração dos servidores do Serviço Exterior Brasileiro (SEB) e de outras carreiras típicas de Estado. Sendo essa diferança de 28,48% no caso de assistente de chancelaria, 31,88% no caso de oficial de chancelaria e 7,11% no caso de diplomatas.

Diante deste diagnóstico, o SINDITAMARATY reivindicou uma recomposição salarial de 9,12% para diplomatas, o que representaria um subsídio inicial de R$ 16. 913,10 e final de R$ 22.574,54. Para as outras duas carreiras que tiveram uma defasagem mais acentuada foi proposta uma correção de 52,89% para oficiais de chancelaria, o que resultaria num subsídio de R$ 11.236,99 no ingresso e R$ 16.185,48 no topo. Já para os assistentes de chancelaria seria necessária uma correção de 41,86%, assim, o subsídio dessa carreira passaria para R$ 5.692,36 no ingresso e chegaria a R$ 9.780,82 no topo. Leia a proposta 

A oficial de chancelaria, Maria Cristina Guelfi, que contribuiu com a elaboração da proposta defendida pelo sindicato, ressaltou durante a assembleia que do ponto de vista financeiro e orçamentário não há como refutar a recomposição salarial pleiteada pelos servidores. “Não queremos ganhar mais que ninguém, apenas sermos equiparados a uma faixa salarial que já existe no grupo das carreiras típicas de Estado”, comentou.

“O que estamos pedindo é algo absolutamente possível. Se verificarmos os Projetos de Lei já aprovados no Congresso Nacional, veremos que cada carreira negociou o que quis. A Defensoria Pública da União, que foi um grupo que usamos como referência para chegar ao cálculo de recomposição da carreira de diplomata, teve reajuste aprovado de 42, 45% no piso e 67, 03% no teto. A Anvisa teve reajuste médio de 55% para 2016 e 2017. Fica muito claro, que o nosso reenquadramento não é aprovado por questões políticas”, disse a oficial de chancelaria. A servidora fez outros comparativos para mostrar que o impacto financeiro do reenquadramento das carreiras do SEB é baixo. Veja mais no vídeo 

Assista a assembleia

Por Adriana de Araújo