SINDITAMARATY coloca proposta salarial do Ministério do Planejamento em votação
Geral | 22 de julho de 2016Autor: Sinditamaraty
Após apresentação em assembleia realizada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (SINDITAMARATY), proposta salarial feita pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão está disponível para votação no site do sindicato até domingo (24), às 18h, horário de Brasília.
Durante assembleia a presidente do SINDITAMARATY, Suellen Paz, informou que o Planejamento repetiu pela terceira vez a proposta de reajuste linear, sem responder aos pleitos da categoria de reenquadramento salarial: equiparação da remuneração dos servidores do Serviço Exterior Brasileiro ao nível das demais carreiras típicas de Estado. O percentual de reajuste oferecido pelo Planejamento é de 27,9% em três anos, com a primeira parcela para janeiro de 2017. Trata-se do mesmo percentual rejeitado em dezembro de 2015. Leia aqui
Segundo a presidente do SINDITAMARATY, o Planejamento não apresentou garantias de implementação do reenquadramento, apenas a promessa de que se aceito o reajuste linear, o tema seria discutido. "Na verdade, o que há é uma imposição. Não existe negociação se o governo repete a mesma proposta sem discutir o que pleiteia a categoria. O nosso acordo salarial de 2012 trazia uma cláusula dizendo que o reenquadramento seria debatido durante a vigência dele. Quatro anos depois não houve avanços" disse Suellen Paz.
Apenas os servidores filiados ao SINDITAMARATY podem participar da votação. Para registrar o voto é preciso acessar a área restrita ao filiado no site do sindicato. http://www.sinditamaraty.org.br/
Proposta de reenquadramento SINDITAMARATY
Em reunião no Ministério do Planejamento na segunda-feira (18), O SINDITAMARATY apresentou proposta de reenquadramento, elaborada após uma extensa rodada de negociação com a Comissão de Administração do Ministério das Relações Exteriores.
O estudo empreendido pelo sindicato para propor parâmetros remuneratórios revelou uma defasagem na comparação entre a remuneração dos servidores do Serviço Exterior Brasileiro (SEB) e de outras carreiras típicas de Estado. Sendo essa diferança de 28,48% no caso de assistente de chancelaria, 31,88% no caso de oficial de chancelaria e 7,11% no caso de diplomatas.
Diante deste diagnóstico, o SINDITAMARATY reivindicou uma recomposição salarial de 9,12% para diplomatas, o que representaria um subsídio inicial de R$ 16. 913,10 e final de R$ 22.574,54. Para as outras duas carreiras que tiveram uma defasagem mais acentuada foi proposta uma correção de 52,89% para oficiais de chancelaria, o que resultaria num subsídio de R$ 11.236,99 no ingresso e R$ 16.185,48 no topo. Já para os assistentes de chancelaria seria necessária uma correção de 41,86%, assim, o subsídio dessa carreira passaria para R$ 5.692,36 no ingresso e chegaria a R$ 9.780,82 no topo. Leia a proposta
A oficial de chancelaria, Maria Cristina Guelfi, que contribuiu com a elaboração da proposta defendida pelo sindicato, ressaltou durante a assembleia que do ponto de vista financeiro e orçamentário não há como refutar a recomposição salarial pleiteada pelos servidores. “Não queremos ganhar mais que ninguém, apenas sermos equiparados a uma faixa salarial que já existe no grupo das carreiras típicas de Estado”, comentou.
“O que estamos pedindo é algo absolutamente possível. Se verificarmos os Projetos de Lei já aprovados no Congresso Nacional, veremos que cada carreira negociou o que quis. A Defensoria Pública da União, que foi um grupo que usamos como referência para chegar ao cálculo de recomposição da carreira de diplomata, teve reajuste aprovado de 42, 45% no piso e 67, 03% no teto. A Anvisa teve reajuste médio de 55% para 2016 e 2017. Fica muito claro, que o nosso reenquadramento não é aprovado por questões políticas”, disse a oficial de chancelaria. A servidora fez outros comparativos para mostrar que o impacto financeiro do reenquadramento das carreiras do SEB é baixo. Veja mais no vídeo
Por Adriana de Araújo