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Setembro Amarelo: servidor, como está a sua saúde mental?

Saúde | 09 de setembro de 2021

Autor: Erika Braz

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Não faz muito tempo que mudou, mas falar sobre a saúde mental era algo raro. As pessoas não tinham ideia do quanto era importante cuidar da mente, assim como do corpo. O resultado dessa desatenção é que, hoje, o suicídio mata mais do que guerras, homicídios e doenças como a malária e o câncer de mama – cerca de 800 mil mortes por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse desfecho também representa a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. 

Dados, como os mencionados acima, têm acendido um alerta e feito com que o Setembro Amarelo ganhe cada vez mais força. A campanha dedicada à prevenção desse mal mostra que é urgente a necessidade de que governos e autoridades sanitárias trabalhem para evitar o suicídio. E, com a pandemia que já se arrasta há 1 ano e meio, a atenção sobre esse assunto precisa ser redobrada, devido ao abalo à saúde mental. 

“Nossa atenção à prevenção do suicídio é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia de Covid-19, com muitos dos fatores de risco para suicídio - perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social - ainda muito presentes”, alerta o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.

Falar é a melhor solução 
No Brasil, o Setembro Amarelo é coordenado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Neste ano, a campanha tem como tema “Falar é a melhor solução”. O objetivo é evitar os cerca de 12 mil suicídios que ocorrem no país todos os anos, a maioria dos casos (96,8%) é motivada por doenças como depressão e transtorno bipolar, além do abuso de substâncias químicas.

De acordo com a campanha, o principal passo para evitar o suicídio é, justamente, falar sobre ele. Assim, desmistificando o assunto, será possível encontrar pessoas com ideação suicida - aqueles que pensam em tirar a própria vida -, e ajudá-los. Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de 2020, relevou que 17% dos brasileiros, em algum momento da vida, já pensaram em cometer suicídio e, ainda pior, 4,8% elaboraram um plano para dar fim a própria vida.

Como vai você?
Para consegui falar com essas pessoas, o Brasil conta hoje com o Centro de Valorização da Vida (CVV). A Organização Não Governamental, criada em 1962, presta apoio emocional às pessoas que apresentam sinais suicidas. A ajuda é dada por telefone, e-mail e até pessoalmente. Aproximadamente 4 mil voluntários atendem o pedido de socorro, ouvindo e aconselhando. 

A CVV atende pelo telefone 188 e pelos demais canais por 24 horas por dia, sete dias por semana. Ao todo, cerca de 3 milhões de pessoas por ano recebem ajuda da ONG.

Prevenção ao suicídio
O tema “Falar é a melhor solução” foi adotado justamente porque, por anos, o suicídio foi abordado como tabu e, segundo a CVV, esse entendimento precisa mudar, uma vez que a abordagem correta pode salvar vidas. São indícios de ideação suicida: o isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer”.

Acolhimento no Itamaraty
No Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Setor de Assistência Médica e Social (SAMS) trabalha a prevenção do suicídio e outras questões de saúde mental por meio de atendimento multidisciplinar, com assistente social e psicóloga. Além disso, o setor já promoveu palestras com psiquiatras e psicanalistas e cursos de acolhimento que abordaram a gestão de ansiedade e do estresse e atenção à saúde mental. Segundo o setor, o grande desafio é quebrar os tabus sobre o tema. 

Confira os serviços oferecidos pelo SAMS:

Atendimento Psicológico
A psicóloga Juliana Fróis colabora na organização das atividades de promoção de saúde, vigilância e prevenção de doenças, em conformidade com a Política do SIASS, por meio da coordenação do Programa Gerenciamento do Estresse e do Programa Alimentação Saudável. Participa das avaliações admissionais para novos Diplomatas e Oficiais de Chancelaria. Produz relatórios psicológicos quando solicitado pela Junta Médica Oficial. Além de prestar Assistência Terapêutica, por meio de atendimentos terapêuticos individuais em caráter de psicoterapia breve (10 sessões) na modalidade de EMDR.

Para informações, entrar em contato pelo e-mail: [email protected]

Assistência Social
A assistente social Rosiley Cândido acolhe os servidores em vulnerabilidade social e os auxilia na busca pelos melhores meios para sanar suas dificuldades psicossociais. Ela também compõe a equipe do SIASS, produzindo relatórios psicossociais quando solicitada pela Junta Médica Oficial ou pela Divisão do Pessoal. Faz, ainda, visitas domiciliares quando necessário.

Para informações, entrar em contato pelo e-mail: [email protected]

Indicação do SAMS: série de vídeos sobre a saúde mental em tempos de pandemia com a Dra. Verônica Martinelli, psicanalista e doutora em teoria psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). https://www.youtube.com/channel/UCLHggBv0sX9-5uwGN9B_24A

Apoio Sinditamaraty
Pensando no bem da saúde mental dos servidores, desde 2018, o Sinditamaraty oferece atendimento psicológico gratuito aos seus filiados. A orientação psicológica é realizada pela psicóloga Claudia Chacon por meio de acompanhamento de até 20 sessões custeadas pelo Sindicato para os filiados. 

Para ser atendido por ela, entre em contato pelo número +55 (61) 98109-3007 ou por e-mail [email protected]

Acesse setembroamarelo.org.br e conheça detalhes da campanha!

 


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FAQ: entenda como funciona o atendimento psicológico oferecido pelo Sindy