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Servidores liderados pelo SINDITAMARATY aprovam indicativo de greve

Geral | 04 de agosto de 2016

Autor: Sinditamaraty

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Servidores do Itamaraty aprovaram indicativo de greve em votação online convocada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (SINDITAMARATY) e concluída às 15h, horário de Brasília, desta quinta-feira (04). A categoria se reúne em assembleia, nesta sexta-feira (05), para discutir os próximos passos do movimento em prol da equiparação salarial do Serviço Exterior Brasileiro às demais carreiras típicas de Estado.

 

A votação contou com a participação de 1.298 servidores. Foram anulados sete votos. Sendo seis por duplicidade e um voto de pessoa estranha à categoria. No total, 56,24% votaram a favor do indicativo de greve e 43,22% contra. A relação de votantes auditada está disponível no Escritório de Apoio do SINDITAMARATY, no subsolo do Anexo II do Ministério das Relações Exteriores.

Na última semana de julho, a categoria chegou a concordar com o reajuste salarial de 10,8%, para janeiro de 2017, com a condição de que houvesse um comprometimento em discutir e aplicar a equiparação salarial do serviço Exterior Brasileiro às demais carreiras típicas de Estado já em 2018. Contudo, as negociações fracassaram após o Ministério do Planejamento Desenvolvimento e Gestão comunicar que não poderia firmar o acordo com a vinculação à equiparação e nem admitir, em princípio, que estava de acordo com a medida.

Segundo a presidente do SINDITAMARATY, Suellen Paz, a partir de agora a greve pode ser deflagrada a qualquer momento se não houver resposta do governo federal ao pleito categoria. O último acordo salarial assinado pelo sindicato foi em 2012. Na época, a categoria aceitou apenas o reajuste inflacionário com a condição de que fosse discutida, durante a vigência do acordo, a equiparação salarial. “Hoje a defasagem salarial no Itamaraty ultrapassa 30%, a depender da carreira. Não podemos aceitar apenas o reajuste salarial sem uma perspectiva de correção dessa demanda, represada há anos”, explica a presidente.
Suellen destaca também que o cenário de negociação que já era complicado ficou ainda mais difícil diante de matérias propostas pelo legislativo. Entre elas, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016 o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016, que estão na pauta de votação da Câmara dos Deputados e trazem prejuízos aos servidores e comprometem acordos em negociação.
Por Adriana de Araújo