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Servidores liderados pelo SINDITAMARATY aprovam indicativo de greve

Servidores liderados pelo SINDITAMARATY aprovam indicativo de greve

Servidores do Itamaraty aprovaram indicativo de greve em votação online convocada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (SINDITAMARATY) e concluída às 15h, horário de Brasília, desta quinta-feira (04). A categoria se reúne em assembleia, nesta sexta-feira (05), para discutir os próximos passos do movimento em prol da equiparação salarial do Serviço Exterior Brasileiro às demais carreiras típicas de Estado.

 

A votação contou com a participação de 1.298 servidores. Foram anulados sete votos. Sendo seis por duplicidade e um voto de pessoa estranha à categoria. No total, 56,24% votaram a favor do indicativo de greve e 43,22% contra. A relação de votantes auditada está disponível no Escritório de Apoio do SINDITAMARATY, no subsolo do Anexo II do Ministério das Relações Exteriores.

Na última semana de julho, a categoria chegou a concordar com o reajuste salarial de 10,8%, para janeiro de 2017, com a condição de que houvesse um comprometimento em discutir e aplicar a equiparação salarial do serviço Exterior Brasileiro às demais carreiras típicas de Estado já em 2018. Contudo, as negociações fracassaram após o Ministério do Planejamento Desenvolvimento e Gestão comunicar que não poderia firmar o acordo com a vinculação à equiparação e nem admitir, em princípio, que estava de acordo com a medida.

Segundo a presidente do SINDITAMARATY, Suellen Paz, a partir de agora a greve pode ser deflagrada a qualquer momento se não houver resposta do governo federal ao pleito categoria. O último acordo salarial assinado pelo sindicato foi em 2012. Na época, a categoria aceitou apenas o reajuste inflacionário com a condição de que fosse discutida, durante a vigência do acordo, a equiparação salarial. “Hoje a defasagem salarial no Itamaraty ultrapassa 30%, a depender da carreira. Não podemos aceitar apenas o reajuste salarial sem uma perspectiva de correção dessa demanda, represada há anos”, explica a presidente.
Suellen destaca também que o cenário de negociação que já era complicado ficou ainda mais difícil diante de matérias propostas pelo legislativo. Entre elas, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016 o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016, que estão na pauta de votação da Câmara dos Deputados e trazem prejuízos aos servidores e comprometem acordos em negociação.
Por Adriana de Araújo