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Reajuste salarial dos servidores não está previsto no Orçamento de 2022

Finanças | 03 de setembro de 2021

Autor: Erika Braz

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O governo federal enviou ao Congresso Nacional, na última terça-feira (31), o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) para 2022. No documento, não há nenhuma previsão de reajuste salarial para os servidores públicos federais. Essa realidade é contrária ao que foi prometido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em duas ocasiões, em abril e junho deste ano, quando ele discorreu sobre um aumento de 5% para o funcionalismo público.
 
A última vez que os servidores federais tiveram correção salarial foi antes da pandemia, em 2018. O Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate) lamentou que o governo não tenha garantido o reajuste. A entidade explica que 2022 seria a oportunidade certa para a revisão, uma vez que no orçamento seguinte, o de 2023, o aumento não poderia ser aprovado devido ao ano eleitoral.
 
“O reajuste tem que ser dado agora, principalmente diante da insistente alta da inflação que corrói o poder de compra. Acho que Bolsonaro não vai querer ser taxado de presidente que não deu aumento em quatro anos de gestão, nesse período eleitoral”, defendeu o presidente do Foncacate, Rudinei Marques. Desde o início do ano, o Fórum vinha encampando a possibilidade de reajuste junto ao governo.
 
Em 2022, o governo federal deve empenhar R$ 342,798 bilhões com o funcionalismo público. Valor abaixo do Orçamento deste ano, que é de R$ 346,328 bilhões.  
 
Novas vagas
O Ploa 2022 prevê 41.716 novas vagas em vários órgãos federais. No entanto, este quantitativo apenas preencherá cargos vagos por um recente boom de aposentadorias. Só em 2020, mais de 38 mil servidores se aposentaram.
 
Segundo o Ministério da Economia, estas vagas serão preenchidas por meio de concursos públicos a serem realizados nos próximos três anos.
 
O Ploa 2022 prevê um gasto total de R$ 1,610 trilhão.