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Greve dos servidores do Itamaraty atrasa entrega de documentos

Geral | 24 de agosto de 2016

Autor: Sinditamaraty

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Greve dos servidores do Ministério das Relações Exteriores chega ao terceiro dia, nesta quarta-feira (24), e atrasa entrega de documentações, apesar da manutenção em atividade de 30% do efetivo de servidores. Os Consulados do Brasil em Barcelona (Espanha), Bruxelas (Bélgica) Vancouver e Montreal (Canadá) publicaram avisos nas páginas oficiais do Facebook sobre atrasos na prestação de serviços.
O movimento grevista liderado pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (SINDITAMARATY) alcançou, até o momento, a adesão de servidores no Brasil e em 80 postos do exterior, incluindo embaixadas, consulados, delegações e missões. A categoria reivindica a equiparação salarial do Serviço Exterior Brasileiro às demais carreiras típicas de Estado.
No Brasil, servidores em greve realizaram manifestação na Esplanada, na tarde desta quarta-feira (24). O ato público começou em frente ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e terminou na área externa do Palácio do Itamaraty. Participaram, como apoiadores do movimento, representantes da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CSPB).
Segundo a presidente do Sinditamaraty, Suellen Paz, a greve foi a única alternativa ao total descaso do governo em atender à reivindicação dos servidores. “Infelizmente tivemos que parar nossas atividades para exigir que o governo federal ouça nossos pleitos”. Suellen lembra que atividades essenciais serão mantidas, como é o caso dos serviços consulares direcionados a brasileiros.

Saiba mais

Estudo empreendido pelo sindicato, que comparou a remuneração das carreiras do Serviço Exterior Brasileiro (SEB) e de outras carreiras típicas, revelou uma defasagem média de 28,48% no caso de assistente de chancelaria; 31,88%, no caso de oficial de chancelaria e 7,11% no caso de diplomatas.

As negociações salariais com o Ministério do Planejamento Desenvolvimento e Gestão foram iniciadas em março de 2015. Apesar das inúmeras reuniões nas quais o sindicato apresentou o pleito de equiparação da remuneração, o Planejamento ofereceu, por diversas vezes, a proposta de reajuste de 27,9%. A proposta foi votada e rechaçada pelos servidores em, pelo menos, três oportunidades. De acordo com o SINDITAMARATY, o percentual não corrige a defasagem acumulada desde 2008.

Veja alguns países onde os servidores do Itamaraty aderiram à greve

Amã (Jordânia), Argel (Argélia), Atenas (Grécia), Atlanta (EUA), Assunção (Paraguai), Barcelona (Espanha), Belgrado (Sérvia), Belmopan (Belize), Berlim (Alemanha), Berna (Suíça), Boston (EUA), Buenos Aires (Argentina), Bucareste (Romênia), Budapeste (Hungria), Camberra (Austrália), Cantão (China), Caracas (Venezuela) Castries (Santa Lúcia), Chicago (EUA), Ciudad Del Este (Paraguai), Colombo (Sri Lanka), Copenhague (Dinamarca), Córdoba (Argentina), Dili (Timor-Leste), Estocolmo (Suécia), Frankfurt (Alemanha), Genebra (Suiça), Hamamatsu (Japão), Helsinque (Finlândia), Hartford (EUA), Houston (EUA) Kuala Lumpur (Malásia), Lima (Peru), Lisboa (Portugal), Liubliana (Eslovênia ) Londres (Inglaterra), Los Angeles ( EUA), Madri (Espanha), Manila (Filipinas), Milão (Itália), Montevidéu (Uruguai), Montreal (Canadá), Moscou (Rússia), Munique (Alemanha), Nova York (EUA), Cidade Do Panamá (Panamá), Pequim (China), Praga (República Checa), Quito (Equador), Salto Do Guaira (Paraguai), Santa Cruz (Bolívia), Santiago (Chile), São Francisco (EUA), Sidney (Austrália), Tiblisi (Geórgia), Tóquio (Japão), Toronto (Canadá), Vancouver (Canadá), Varsóvia (Polônia), Washington (EUA), Xangai (China).
Escritórios de representação do Itamaraty nos estados de Minas-Gerais,  Paraná.

 

Por Adriana de Araújo Foto Diogo Neris