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Frente em Defesa do Serviço Público defende que Reforma Administrativa não renderá economia ao governo

Geral | 24 de novembro de 2020

Autor: Sinditamaraty

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A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público defende que a Reforma Administrativa não representará economia para os cofres públicos, assim como assegura o governo federal, autor da PEC 32/2020. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a proposta deve economizar R$ 300 bilhões em dez anos. Os integrantes da Frente contestam alguns estudos usados para justificar a Reforma.

O estudo do Instituto Millenium, por exemplo, diz que o Brasil gasta 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) com funcionalismo e que outros países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) gastam penas 9,9% em média. No entanto, o Brasil contabiliza gastos com servidores aposentados, o que não acontece nas contas dos demais países.

“O instituto fez uma comparação dos gastos com o pagamento da folha salarial e os gastos com educação e saúde, desconsiderando que o principal elemento de uma escola é o professor, e que o principal elemento de um hospital é o médico, é o enfermeiro. Foi uma comparação absurda e, para o nosso espanto, a grande imprensa comprou esse estudo absolutamente incorreto”, analisa o deputado Professor Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público.

Avaliação de especialistas
A contestação da Frente Parlamentar é patrocinada por alguns economistas. “Nós estamos jogando fora, na verdade, um patrimônio, um ativo, que demorou muitos anos para ser construído. No meu modo de ver, é um equívoco imaginarmos que esse receituário vai oferecer qualquer perspectiva de melhora. Pelo contrário, ao que parece é que nós estamos tendo como futuro a volta ao passado”, destaca o professor de economia da Unicamp, Márcio Pochmann.

Para outro professor de economia, Frederico Jayme, da UFMG, o gasto público pode ser promotor de crescimento econômico. “A gente está vendo que está ocorrendo um desmonte do Ibama e da fiscalização ambiental. Mas não fossem os fiscais ambientais para se contrapor a esse desmonte, a situação seria muito pior”, alerta.

Esta é em uma matéria da Agência Câmara de Notícias editada pelo Sinditamaraty