Ato de protesto em frente ao Itamaraty reforça paralisações no exterior

Autor: Sinditamaraty

Cerca de 250 servidores do Itamaraty participaram de manifestação realizada entre 16h e 18h, desta quinta-feira (23), em frente ao Itamaraty. No exterior, mais de cem postos atenderam à convocação de paralisação do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (SINDITAMARATY). O ato foi em protesto contra atrasos no auxílio moradia fora do país e corte na gratificação natalina e adicional de férias que acarretará perda salarial de, em média 40%. Os servidores reivindicam também reenquadramento e reajuste salarial no Brasil.
Em Brasília, assim como no exterior, aderiram ao protesto servidores das três carreiras do Serviço Exterior Brasileiro (assistente de chancelaria, diplomatas, oficiais de chancelaria) e PCC/PGPE. Com frases de ordem eles cobraram respostas às reivindicações da categoria. “O Itamaraty não pode deixar os servidores e suas famílias passarem por essa situação vexatória de endividamentos e falta de perspectivas”, ressaltou a presidente do SINDITAMARATY, Suellen Paz.
Única categoria do executivo a ficar de fora dos acordos salariais assinados com o Ministério do Planejamento, os servidores reivindicam a equiparação dos salários no Brasil às demais carreiras típicas de Estado, por meio de reenquadramento.
Um estudo empreendido pelo sindicato para propor parâmetros remuneratórios revelou uma defasagem na comparação entre a remuneração dos servidores do Serviço Exterior Brasileiro (SEB) e de outras carreiras típicas de Estado, de em média, 28,48% no caso de assistente de chancelaria, 31,88% no caso de oficial de chancelaria e 7,11% no caso de diplomatas.
No exterior a questão é mais delicada em razão dos recorrentes atrasos do reembolso do auxílio moradia. Além disso, o corte da gratificação natalina, 13º da categoria, e das férias comunicado pelo Itamaraty podem agravar mais ainda a situação financeira dos servidores e familiares.
Após balanço do ato de mobilização o SINDITAMARATY informa que houve paralisação nos seguintes postos:
Embaixadas:
Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), Argel (Argélia), Assunção (Paraguai), Atenas (Grécia), Belmopan (Belize), Bogotá (Colômbia) Bratislava (Eslováquia), Bucareste (Romênia), Buenos Aires (Argentina), Cairo (Egito), Castries (Santa Lucia), Cidade do Panamá (Panamá), Copenhague (Dinamarca), Dakar (Senegal), Estocolmo (Suécia), Genebra (Suíça) Georgetown (Guiana), Guatemala (República da Guatemala), Hanói (Vietña), Havana (Cuba), Helsinki (Finlândia), Jacarta (Indonésia), Katmandu (Nepal), Kuala Lumpur (Malásia), Lima (Peru), Liubliana (Eslovênia), Londres (Inglaterra), Luanda (Angola), Manila (Filipinas), Mascate (Omã), Montevidéu (Uruguai), Moscou (Rússia), Nairóbi (Quênia), Nova Déli (Índia), Oslo (Noruega), Paris (França), Pequim (China), Port of Spain (Trinidade e Tobago), Praga (República Checa), Quito (Equador), Ramalá (Palestina), Roma (Itália), Teerã (Iran), Tegucigalpa (Honduras), Tóquio (Japão), Tbilisi (Geórgia), Túnis (Tunísia), Vaticano, Viena (Áustria), Washington (Estados Unidos).
Consulados
Atlanta (EUA), Barcelona (Espanha), Boston (EUA), Buenos Aires (Argentina), Caracas (Venezuela), Chicago (EUA), Cidade do Cabo (África do Sul), Ciudad del Este (Paraguai), Córdoba (Argentina), Genebra (Suíça), Hamamatsu (Japão), Hartford (EUA), Hong Kong (China), Houston (EUA), Londres (Inglaterra), Los Angeles (EUA), Madri (Espanha), Montreal (Canadá), Nagóia (Japão), Nova Iorque (Estados Unidos), Paris (França), Porto (Portugal), Roma (Itália), Santa Cruz de La Sierra (Bolívia), Santiago (Chile), Vancouver (Canadá), Washington (EUA).
Missões
Bruxelas (Bélgica), Genebra, (Suíça), Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra), Montevidéu (Uruguai), Montreal (Canadá), Nova Iorque (EUA), Viena (Áustria), Roma (Itália), Washington (EUA).
Escritório Financeiro em Nova Iorque (EUA)
Escritórios Regionais no Brasil
Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná

Por Adriana de Araújo