Bancada sindical contesta reportagem no portal Metrópoles

Nota do Sindimaraty
Bancada sindical contesta reportagem no portal Metrópoles

A Bancada sindical do Ministério das Relações Exteriores (MRE), formada pela Associação e Sindicato dos Diplomatas do Brasil (ADB Sindical) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), manifestou preocupação quanto à reportagem publicada na terça-feira, 30 de setembro, pelo portal de notícias Metrópoles. A matéria apresenta informações incorretas, isoladas e descontextualizadas, tratando de forma sensacionalista o auxílio-moradia pago a servidoras e servidores do MRE em missão a serviço do país.

É fundamental destacar que cabe às servidoras e aos servidores do MRE representar o Brasil em 226 postos no exterior, distribuídos em mais de 120 países, atender aos mais de 5 milhões de brasileiros residentes fora do país. Além de negociar pautas estratégicas que impactam diretamente a economia, o comércio e a cultura, oferecem serviços consulares e assistência à crescente comunidade brasileira expatriada, inclusive em regiões de conflito, como se verificou mais recentemente no Líbano e na Ucrânia.

Nesse cenário, é no mínimo tendencioso apresentar os custos dessa política, lastreados em dólar, por meio de mera conversão para reais, sem a devida contextualização e sem considerar as variações de custo de vida em cada localidade.

A reportagem também erra ao afirmar que teria ocorrido uma mudança no escopo do benefício em 2022. Isso não corresponde à verdade. O auxílio-moradia é pago há décadas às servidoras e aos servidores do MRE justamente porque estão a serviço do interesse nacional e, por isso, não podem ser onerados com despesas inerentes ao exercício de suas funções.

Cumpre lembrar que essas mesmas servidoras e servidores reivindicam, há anos, a recomposição dos quadros funcionais do MRE diante do déficit crônico de pessoal, evidenciado em grandes eventos sediados no Brasil. Também demandam a modernização das carreiras, hoje estruturadas em modelos ultrapassados que impedem a progressão plena, além do reposicionamento salarial, necessário para reduzir o distanciamento em relação a carreiras de igual importância no núcleo estratégico do Estado.

Por fim, é importante registrar que o orçamento do Ministério das Relações Exteriores representa menos de 0,09% do orçamento da União, percentual que não condiz com a relevância das políticas conduzidas pelo Itamaraty em prol da cidadania brasileira.


Confira a Nota Conjunta.